Por Adyashanti
Uma nova espiritualidade está despontando em que velhas ideologias estão sendo reexaminadas, suposições familiares estão sendo desafiadas e um novo nascimento de ensinamentos e professores está florescendo. Em momentos como este, quando há um florescimento de ensinamentos espirituais, precisamos de grande clareza e discernimento para navegar nas águas mutáveis e permanecer orientados para o que é autêntico e maduro.
De muitas maneiras, nossa vida moderna é caracterizada por mudanças, insegurança e a abertura de novas e criativas possibilidades. Em meio a todo esse fluxo de mudanças, ansiamos por conexão e sabedoria que falem ao desejo humano de despertar para que nossos corações busquem formas mais profundas da dimensão sagrada da vida, não apenas na forma de transcendência, mas também na forma de incorporar o sagrado em nossa própria humanidade, bem como na expressão criativa de nossas vidas.
O despertar não é mais visto como uma competência exclusiva dos adeptos religiosos enclausurados; agora é visto como disponível para todos, independentemente de origem, classe social ou religião. E embora essa mente aberta seja uma bênção para todos nós, precisamos permanecer atentos aos desafios e demandas que qualquer forma autêntica de espiritualidade nova nos apresenta.
A evolução das velhas formas de prática espiritual para novas formas é um assunto extremamente importante que requer grande percepção espiritual e dedicação para reter a sabedoria profunda das antigas tradições, ao mesmo tempo que abraça o contexto em constante mudança da possibilidade de democratizar a liberdade espiritual na vida secular.
Devemos assegurar que esta nova abertura de possibilidades seja fundamentada em uma visão espiritual autêntica e madura. Precisamos de formas de espiritualidade diretas, práticas e acessíveis que estejam firmemente alicerçadas nas antigas tradições de sabedoria de nossos ancestrais, ao mesmo tempo que abraçamos totalmente a visão moderna da psicologia e da ciência.
E embora mapas bons e úteis deste terreno inclusivo de liberação sejam importantes, também precisamos de guias e mentores sábios e amorosos que trilhem a estrada à frente - para que não acabemos olhando para o mapa em vez de fazermos a jornada nós mesmos.
Esta não é uma tarefa pequena, mas é uma tarefa necessária se quisermos continuar a desenvolver nosso conhecimento experimental de quem e o que somos, e incorporar perspectivas cada vez maiores de liberdade e amor neste nosso mundo em constante mudança.
Pois, nosso coração humano clama por liberdade, assim como o coração do mundo clama por nossa participação sábia e amorosa nele.
(Adyashanti)
FONTE: Excerto da Introdução do livro "Shift Into Freedom" de Loch Kelly.
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