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Reurbanização Extrafísica e a Nova Terra

Por L.C. Dias

Para que ocorra uma transformação profunda, em escala global, um salto qualitativo de vida, a conquista de um novo patamar evolutivo para a sua humanidade, um planeta precisa passar por uma total profilaxia de sua psicosfera.

No caso da Terra, em virtude da pouca evolução da maioria das consciências que habitam os planos físico e extrafīsico, tal transformação implicaria em um completo saneamento da sua egrégora planetária.

Tal ação global é justificada em virtude do conjunto de energias psíquicas deletérias acumuladas, por milênios, na camada mais sutil que circunda o planeta, como resultado do pensar e sentir descontrolados.

Segundo Waldo Vieira, pesquisador pioneiro nos campos da Projeciologia e Conscienciologia, a reurbanização extrafísica foi a estratégia adotada por consciências mais avançadas, responsáveis pelas diretrizes da evolução humana neste planeta, para levar a cabo um saneamento psicosférico emergencial, com o propósito de acelerar o processo de transição planetária.

Reurbanização extrafísica ou Reurbex, termo nativo da Conscienciologia, é o movimento coordenado pelas consciências superiores que visa a remoção de entidades desencarnadas,  em estados de profundo desequilíbrio e sofrimento, de ambientes extrafísicos doentios, reinserindo-os, através do dispositivo da reencarnação, em uma nova oportunidade de aprendizado no plano físico, permitindo o convívio com outras consciências de diferentes níveis evolutivos, para que ocorra uma catálise da evolução planetária.

Além disso, as pesquisas de Waldo Vieira indicam que a reurbanização extrafísica, iniciada no ano de 1100, teve uma aceleração vertiginosa nas últimas décadas, provocada pelas mudanças socioeconômicas e culturais deflagradas em escala global. Este progresso acelerado pode ser notado através dos saltos demográficos registrados no último milênio:

90 mil a.C. – menos de 1 milhão
10 mil a.C. –  1 milhão (Agricultura)
Ano 1 – 170 milhões
1000 – 330 milhões
1500 – 450 milhões (Navegações)
1800 – 1 bilhão (Revolução Industrial)
1900 – 1,7 bilhão
1927 - 2 bilhões
1999 - 6 bilhões
2011 – 7 bilhões

Portanto, a população humana gastou 1500 anos para dobrar de tamanho e deve gastar menos de 100 anos para quadruplicar de 2 bilhões em 1927 para 8 bilhões em 2025. Mesmo já ultrapassando a capacidade de carga do Planeta, as projeções indicam que a população mundial pode chegar a mais de 11 bilhões de habitantes em 2100.

No entanto, para Vieira, as consequências negativas, ainda que temporárias, da Reurbex, como por exemplo, a superpopulação, o aumento da violência, da criminalidade e da insegurança social, que fazem parte deste cenário caótica que vivemos hoje, representam, na verdade, uma crise de crescimento, com intuito de transformar a Terra em uma nova habitação, saneada e pronta para cumprir outros propósitos evolutivos para aquela parcela da humanidade que estiver apta a viver em sintonia com o novo diapasão vibracional do planeta.

Para se ter uma ideia aproximada da complexidade deste projeto de proporções planetárias, com repercussões diretas em ambos os planos da vida, vale a pena perscrutar sobre qual seria o contingente de almas humanas que habitam a Terra neste momento, somando-se encarnados e desencarnados.

Nos estudos estatísticos desenvolvidos no Population Reference Bureau (PRB), instituição que realiza pesquisas e análises de dados demográficos, Carl Haub chegou a conclusão que nasceram, desde o surgimento do Homo sapiens, 108 bilhões de pessoas.

Apesar dos números do PRB não serem precisos, em virtude de grandes flutuações no tamanho da população durante longos períodos e, obviamente, não levarem em conta a possibilidade da reencarnação, podem servir para sustentar a plausibilidade dos números revelados pelas fontes mediúnicas citadas a seguir.

Vejamos o que nos diz Maria Modesto Cravo no livro Lírios de Esperança, psicografado por Wanderley Oliveira, em 2005:

"A Terra tem hoje um pouco mais de seis bilhões de almas, envergando o corpo carnal. Sua população geral, conforme os "censos" do Mais Alto, chega à faixa de trinta bilhões de criaturas atraídas pelo magnetismo e lutas do planeta. Do contingente geral, temos vinte por cento dos habitantes encarnados. O que possibilita pensar em quatro almas de cá para cada uma na vida física."

Na mesma obra, encontramos um diagnóstico sombrio sobre as condições precárias da nossa psicosfera planetária na atualidade:

"Algumas inferências tornam-se necessárias para que possamos
apresentar propostas de serviço e cooperação inadiáveis aos amigos
no corpo. Somando-se à aglomeração de seres em franca condição de dor e doença, temos um total de dezesseis bilhões, em ambos os planos de vida, distribuídos em quatro bilhões no corpo e mais doze bilhões nas regiões de pavor e desequilíbrio de nosso plano. Uma média de três almas em crise para cada uma em tormenta na vida física, totalizando um pouco mais de cinqüenta por cento da população geral do orbe.

Desses dezesseis bilhões encontramos quatro bilhões de almas, apesar de enfermas, em franca busca do bem. Outros quatro bilhões são criaturas perversas que deliberadamente agem no mal. Os oito bilhões restantes se encontram em postura de indiferença
ou indecisão, com fortes apelos para a apatia e o desânimo.

Essa faixa de doze bilhões de enfermos traz em comum a falta de idealismo superior e o apego às questões materiais, dois traços que se distribuem de conformidade com a individualidade, seus pendores, seus valores e sua cultura.

E daqueles quatro bilhões de irmãos nossos que gerenciam o mal através da perversidade, temos hoje nada menos que um bilhão deles em plena sociedade terrena, destilando o fel da cultura nociva e da atitude insana, enquanto outros três bilhões ainda guardam os postos mais elevados nas "ordenações infernais" juntos às esferas extrafísicas."

Outra fonte conhecida sobre o assunto é o livro Roteiro, psicografado pelo médium espírita Chico Xavier, publicado em 1952. Nesta obra, Emmanuel cita que a população espiritual da Terra, ou seja, de desencarnados, era de mais de 20 bilhões de espíritos. Existem outras fontes mediúnicas ou canalizadas que chegam a elevar esta cifra ao patamar de 60 bilhões de almas.

O tema é polêmico, e possivelmente inconcluso, porém, muito mais importante do que especular sobre a exatidão deste censo multidimensional de almas, é ter ciência do que realmente significam esses números, principalmente, o expressivo contingente populacional de desencarnados em estado deplorável de desequilíbrio e como este fato pode impactar criticamente no processo de ascensão planetário em curso.

No livro O Fim da Escuridão, psicografado pelo médium Robson Pinheiro, em 2012, encontramos os seguintes esclarecimentos adicionais de  Ângelo Inácio sobre a importância da reurbanização extrafísica para o desfecho da transição planetária:

"Agora, porém, chegado o momento de uma limpeza decisiva do globo terrestre, de caráter energético, mental e psíquico, a reurbanização geral do mundo extrafísico tem ocorrido mais intensamente, de forma mais acentuada, determinada, metódica, de modo a erradicar os focos e enquistamentos de matéria mental profundamente arraigados nas comunidades além-físicas, o que naturalmente gera repercussões no mundo dos encarnados.

As reurbanizações tendem a melhorar as comunidades das dimensões próximas à Crosta, como também depuram a matéria e as correntes mentais junto às comunidades humanas, mas não sem antes promover crises intensas nos dois lados da vida. (...)

É natural que esse processo cause impactos mais ou menos violentos no panorama conhecido pelos encarnados, seja neste ou em qualquer globo onde se dá a reciclagem reencarnatória, que ocorre juntamente com o período de mudança do cenário físico e extrafísico. Um acontecimento como esse traz à luz fatos que vêm ocorrendo no planeta, independentemente das interpretações às vezes diversas que se dão a eles. (...)

A ação de seres mais experientes, advindos de outros mundos, é necessária no momento de transmigração planetária, pois eles, já tendo passado por experiências coletivas equivalentes, estão devidamente credenciados a auxiliar os guardiões e demais espíritos responsáveis em operação análoga no planeta Terra.

Acostumados com as transferências populacionais entre mundos, à plástica reparadora neste ou naquele planeta ou à reorganização da cenografia cósmica, tais inteligências ofereceram-se para auxiliar os guardiões responsáveis pelos eventos de reurbanização na psicosfera terrena.

Sem a necessidade de se mostrar à população reencarnada — e, assim, expor-se às interpretações pessoais, religiosas, esotéricas e pseudo espiritualizadas —, evitam as reuniões dos habitantes do mundo, de quaisquer finalidades sejam, prestando sua contribuição exclusivamente junto aos espíritos diretores do planeta e seus prepostos. (...)

Ante os trabalhos realizados com o objetivo de adiantar o processo seletivo, que culmina no expurgo das consciências malévolas e de ética cósmica duvidosa, eis que surge a urgência de reeducar as inteligências habituadas a determinado tipo social ou comportamento de risco espiritual.

Não basta modificar a paisagem exterior do mundo astral; não bastam as tormentas físicas ou abalos sociais que chocam e levam a crise às comunidades de encarnados. Para que esses acontecimentos cumpram seu objetivo mais profundo e principal, é preciso que os habitantes das dimensões mais próximas à Crosta sejam conduzidos a um processo educativo tanto de sua forma de pensar e agir quanto de seus hábitos em geral."

Portanto, cabe a cada um de nós, encarnados, a busca de uma participação mais efetiva e colaborativa neste processo inadiável de saneamento da psicosfera do planeta, da qual todos somos responsáveis.

Para atingir tal meta, precisamos priorizar o cultivo consciente do pensar e sentir sintonizados com a nova mentalidade emergente, em conformidade com uma ética cósmica multidimensional, pré condição para o surgimento de uma nova realidade na Terra.  

Finalizo, compartilhando estas palavras, em tom de súplica, oriundas das instâncias superiores da vida planetária:

"Nesses pântanos de dor, existem lírios exuberantes capazes de refletir a luz do sol. É nossa família que ficou no tempo, mendigando nosso amor. Apresentam-se iludidos pelo orgulho e, fazendo-se fortes e vingativos, entretanto, amam e amam muito. Nosso desafio é amá-los ainda mais para descobrirem o quanto vale a pena viver plenamente e retomar nossos caminhos para Deus. Busquemos os nossos lírios."

L.C. Dias

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