Amor, realidade e tempo de transição

Por Bernhard Guenther 

“Muitas pessoas parecem associar amor com emoções, sentimentos ou bondade, mas não seria mais do que isso, como se fosse um estado mais elevado de consciência e de ser?” 

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“Em última análise, não há amor onde não há verdade e conhecimento. O amor implica ver o mundo como ele é - não como gostamos, queremos ou necessitamos.” 

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“A criação da nossa realidade pela nossa consciência tem um efeito sobre o mundo exterior, mas precisamos estar em alinhamento com o Universo, caso contrário, aumentaremos a entropia e o caos, que também se manifesta na Terra e nas mudanças climáticas, como já podemos testemunhar. O aumento da consciência combinada com a ação baseada na verdade poderia mitigar quaisquer cataclismos futuros que pareçam estar bem no horizonte. Entretanto, depende de cada um de nós e de todos juntos.” 

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“O ativismo e o trabalho espiritual andam de mãos dadas. Não estão separados, mas inter-relacionados.” 

Bernhard Guenther 

É verdade, tudo que precisamos é amor. Mas nós realmente sabemos o que é amor? O amor é uma palavra que é cantada em canções, escrita em poemas, muito falada e algo que muitas pessoas desejam de uma forma ou de outra, principalmente na forma de um relacionamento amoroso. Hoje ouvimos muito: "Concentre-se no coração" e "Seja amor", "O amor é a resposta, porque o amor sempre vence!", "Envie Amor e Luz!", E assim por diante. As pessoas usam isso casualmente em conversas em suas vidas diárias. É visto como a solução para todos os problemas do mundo. Tudo que você precisa é amor! 

Se é tão fácil, como é que nada mudou fundamentalmente no planeta Terra apesar do óbvio progresso tecnológico? Ainda vemos genocídio, opressão e guerras. Centenas de milhares de crianças e civis morreram no Oriente Médio e em todo o mundo por causa da máquina de guerra sob o controle de líderes psicopatas que não se importam se alguém segura um símbolo da paz com uma proclamação de amor como força da mudança. Olhando mais de perto, podemos ver que "Amor" é uma das palavras mais abusadas e incompreendidas. 

Nós confundimos coisas como gratificação, sentimentalismo, obrigação, dever, paixão, desejo e outras emoções superficiais, ideias e conceitos condicionados como "Amor", a fim de preencher algo que está faltando no nosso interior. Essas distorções também são usadas, principalmente, de forma inconsciente como amortecedores para evitar enfrentar a realidade como ela é quando se olha para o mundo com óculos cor-de-rosa, em vez de ver a si mesmo e ao mundo de forma mais objetiva além das aparências. 

"Porque a grande maioria da humanidade está satisfeita com as aparências, como se fossem realidades, e muitas vezes são mais influenciadas por coisas que parecem do que por aquelas que são."
(Niccolo Machiavelli) 

Maior do que si mesmo, poderíamos considerar o amor pessoal entre os seres humanos, o amor maternal, o amor da família e da comunidade, amor próprio, amor por alguma coisa, o amor a Deus e até mesmo o amor por ideologias e conceitos criados pelo homem como uma nação e um país. Então, o que é amor? Como podemos descrever ou definir uma força tão poderosa? As palavras são muito limitantes e só podem apontar para a coisa, mas será? Talvez possamos começar examinando o que é o amor.

Quando se trata de relacionamentos interpessoais, muitas vezes vemos jogos de controle, ciúme e inveja, que obviamente não são amor, mas expressões e comportamentos baseados em medo e necessidade. O amor está relacionado com emoções e sentimentos, mas pode ser puramente baseado em reações químicas no cérebro que resultam em uma "saturação", onde as pessoas se alimentam mutuamente, que é também a base para o vampirismo psíquico. Muitas relações são baseadas nesse mecanismo de alimentação, que nada tem a ver com amor, mas é uma necessidade parasitária que resulta em co-dependência. Atração sexual também é confundida com amor às vezes. Muitas pessoas se relacionam pelas razões erradas, seja para escapar da solidão, preencher uma lacuna em suas vidas ou se alimentar de outra pessoa. Na maior parte, isso acontece inconscientemente, então as pessoas tendem a mentir para si mesmas sobre o amor e seus relacionamentos de muitas maneiras, sem ver a outra pessoa como ela é e sem se ver claramente como elas próprias são. 

"As pessoas se convencem de suas próprias mentiras e tornam-se vítimas de suas próprias invenções, e começam a dirigir suas vidas de acordo com padrões de comportamento, ideias, sentimentos ou instintos que não correspondem à sua realidade interior. A realidade desta situação é que o indivíduo perde todos os pontos de referência sobre o que compreende como verdades e mentiras, e torna-se habitual considerar como verdadeiro somente o que é conveniente para os seus interesses pessoais, tudo o que está em oposição à sua autoestima ou em conflito com preconceitos estabelecidos, considera falso." (John Baines) 

Para amar verdadeiramente outra pessoa, precisamos ver o outro como ele/ela é sem tentar mudar essa pessoa. Essa é a base do amor incondicional, mas para que isso aconteça precisamos também conhecer a nós mesmos e ver-nos como realmente somos, para não cair na armadilha das projeções ilusórias, que pode resultar em decepção e dor quando termina a fase romântica. Trata-se de aceitação e consideração, de poder dar e receber, de ser reconhecido e de não esperar nada. 

Mas além das relações pessoais, a ideia de amor também foi distorcida e usada superficialmente como slogans. É igual a ser positivo, aberto, amigável, sem dizer ou se concentrar em algo "ruim" ou "negativo", sempre sendo alegre e com um sorriso no rosto. Claro, não há nada de errado com amabilidade, bondade e positividade, mas deve ser baseada na verdade e realidade, e não em mentiras, racionalizações e evasivas auto apaziguadoras, incluindo conivência política que só leva à complacência e ignorância. 

Algumas pessoas dizem que precisamos estar mais centrados no coração, amorosos e compassivos. Sim, obviamente, todos nós precisamos nos conectar mais com nossos corações, para mostrar empatia e compaixão, especialmente para espalhá-la por todo o mundo, além de nossos amigos íntimos e familiares. Mas o que isso realmente significa? Muitas pessoas parecem associar amor com emoções, sentimentos ou bondade, mas não seria mais do que isso, como se fosse um estado mais elevado de consciência e de ser? Parecem confundir várias facetas do "amar" e até mesmo julgar o intelecto como "ruim", confundindo-o com a mente animal de macaco/predador, portanto, muitos sugerem que "pensar" com o nosso coração e fazer o que "sentimos" é o certo a fazer, o que resulta principalmente em um simples auto-engano e falta de pensamento crítico. Na verdade, trata-se de alinhar o coração com o intelecto, a intuição com a lógica, o misticismo com a ciência. 

Muitas pessoas parecem se forçar nesse estado artificial e superficial de amor através de supostas afirmações de espiritualidade como o "sentir-se bem", ignorando qualquer coisa que possa ser uma ameaça à sua visão de vida "positiva". Em última análise, isso resulta em supressão e armadura que se manifesta negando a parte sombria de si mesmos e do mundo, à medida que ignoram a realidade objetiva. Na superfície, eles nem sequer acreditam que algo está "errado". É um estado muito feliz e ignorante, que tenta ficar no alto das projeções emocionais artificiais, evitando tudo o que pode lhes dar uma decepção e vivendo em uma visão subjetiva de túnel com antolhos. 

Pode-se ver esse tipo de atitude em muitas pessoas auto proclamadas "despertas" e "conscientes" que representam os ensinamentos “rasos” da New Age e da psicologia pop, que levam para algum nível de tranquilidade, mas não proporcionam uma profunda cura, nem crescimento ou amor essencialmente real. 

"Nós todos conhecemos pessoas que parecem demasiado solicitas e pegajosas. Eles são "muito boas" e terrivelmente doces. Nós sentimos que de alguma forma são falsas quando estamos perto delas. Elas são, como diz o ditado "muito bom para ser verdade". Essas pessoas estão entrincheiradas por trás de uma máscara que busca deliberadamente evitar qualquer tipo de reação negativa ou emoção. Elas se recusam a encarar a realidade e sofrem a aceitação de seu próprio lado escuro e isso pode ser uma coisa perigosa."
(Rebeca Eigen) 

"Sombra descreve a parte da psique que um indivíduo prefere não reconhecer. Contém as partes relegadas de si mesmo. Todos nós possuímos esses aspectos sombrios que surgem de uma forma ou de outra. Trazer material da sombra à consciência drena seu poder subliminar, e você pode até mesmo recuperar recursos valiosos a partir desse processo. No entanto, o maior poder vem de aceitar as partes de sua sombra e integrá-las como componentes de seu ser. Todo mundo carrega uma sombra, e quanto menos ela está incorporada na vida consciente do indivíduo, mais obscura e densa se torna; em qualquer caso, se transforma em um obstáculo inconsciente, frustrando as nossas intenções mais bem-intencionados."
(Carl G. Jung) 

O amor não é simplesmente um estado emocional, mas um estado de consciência. Assim como há diferentes níveis de consciência, existem também diferentes níveis de amor que podem ser acessados ​​no espectro da consciência de acordo com os níveis do ser e da consciência. Há amor carnal baseado no centro sexual e na parte animal do homem, que é o impulso biológico para procriar, assegurando que a vida orgânica na terra continue. Este impulso está mecanicamente relacionado com o significado esotérico da Lei Geral e com o estado onírico do sonho homo sapiens. 

"Como uma célula da humanidade, o homem faz parte da vida orgânica na Terra, esta vida como um todo representa um órgão muito sensível do nosso planeta, desempenhando um papel importante na economia do sistema solar. O homem está sob a influência da Lei Geral, que o mantém em seu lugar, na verdade, esta lei deixa-lhe uma certa margem ou tolerância, permitindo-lhe um pouco de livre circulação dentro dos limites que ela estabelece. Limites, que são muito limitados objetivamente, embora subjetivamente pareçam vastos, o homem pode dar rédea solta às suas fantasias e ambições. 

Sem ir muito longe na definição desses limites e na descrição detalhada dos componentes desta Lei Geral, podemos afirmar, como exemplo, que um desses fatores é a fome: a servidão de trabalhar para garantir nossa subsistência. A corrente: instinto sexual; procriação; e o cuidado dos pais por seus filhos, é outro fator. A máxima esotérica aplicada a esse aspecto da vida é concebida da seguinte maneira: o amor carnal é necessário para o bem geral."
(Boris Mouravieff, Gnosis) 

Depois, há um amor cortês baseado em centros superiores, que é um estado superior de ser que só pode ser acessado através de um trabalho sincero, sem ceder a comportamentos e escolhas mecanicamente dirigidas. Essencialmente, para que o amor verdadeiro entre duas pessoas se manifeste, deve haver uma conexão e união em todos os centros: físico, sexual, emocional, intelectual e espiritual. 

Precisamos trabalhar continuamente em nós mesmos para equilibrar os centros, para que ninguém se alimente do outro, mas ambos se complementem. O amor, no seu verdadeiro sentido, significa ver o mundo, a si mesmo e aos outros de uma maneira mais objetiva. De uma perspectiva esotérica, trata-se de evoluir para esse amor objetivo. Em outras palavras, quanto mais somos objetivos com nós mesmos e com o mundo, criando consciência e vendo as coisas como elas são, maior o grau de amor que podemos acessar. Baseia-se em conhecimento, ser e compreensão, não apenas estados emocionais e "pensamentos felizes". 

O amor subjetivo está ligado à ideia do outro ou ao que pode ser obtido ou proporcionado pelo outro. As pessoas chamam amor para os mais diversos desejos. Isso pode ter a ver com status social, vício em poder ou dominação de outro, interesse sexual, etc. A emoção flutua entre a satisfação de obter e o medo de perder e geralmente se concentra no eu. O amor subjetivo procura, de alguma forma, obrigar o outro a entrar no seu eu ampliado. Um exemplo disso é mostrar o que um parceiro ou criança deveria ser capaz de fazer para se mostrar mais inteligente ou atraente. Qualquer jogo de dominação ou co-dependência que muitas vezes envolve o termo amor se enquadra nessa categoria. 

No entanto, ao fazer o trabalho em direção ao amor objetivo, não se deve ignorar ou reprimir nada que não corresponda ao ideal de um amor superior além do eu. Todos estão em um nível diferente de ser com diferentes lições para aprender e integrar. Parece acontecer com muita frequência nos círculos espirituais e esotéricos que as pessoas atribuem qualidades e inflacionam seu ser acima do estado real onde se encontram e o que precisam aprender e enfrentar para crescer e evoluir. O amor objetivo não é um estado de existência isolado e não emocional. Significa simplesmente agir a partir do eu real além do condicionamento, programação e projeções, mas com um centro emocional "limpo", não obstruído. 

Nossas emoções são a porta de entrada para o amor, mas elas não são amor. É como estar aberto a vulnerabilidade e não suprimir emoções negativas como raiva, tristeza, ciúme, dor, mas trabalhar com elas, o que leva a compaixão e empatia, não só para si mesmo ou amigos próximos e parentes, mas para o mundo e a humanidade em geral. Isso também significa experimentar e sentir emoções para que possamos deixá-las, sem suprimi-las ou projetá-las em outra pessoa. Existem muitas maneiras de fazer isso. Arte, música, poesia, trabalho respiratório, trabalho corporal e outras modalidades de cura podem ajudar no processo de transmutação da sombra em luz através da limpeza emocional. É um processo delicado e profundo que não acontece às escuras. 

Nesse sentido, os relacionamentos também são lições de amor e não um fim em si, mas podem nos ajudar a aprender mais sobre nós mesmos. Pessoas e amigos que também se envolvem em auto trabalho honesto podem mostrar-nos lições valiosas, pois nos servem como espelhos e podem ajudar a expor partes de nós mesmos que não poderíamos ver porque todos nós temos pontos cegos subjetivas. Um espelho é geralmente percebido como chocante ou socialmente desagradável. Isso se deve ao fato de que, se o espelho é bom, entrará em conflito com os filtros subjetivos de percepção que a maioria das pessoas mantém sobre si mesmos. Em outras palavras, a autoimagem das pessoas baseia-se mais ou menos nas mentiras contadas para si e, na medida em que o espelho atinge sua verdade, desafiará essas mentiras. 

"De acordo com a Grande Obra, um amigo é aquele em que você pode apoiar-se para sustentar a expansão dos outros, seja na mente ou espírito. Caso contrário, são pessoas a quem você gostaria de vincular-se emocionalmente, porque iriam comer pão de canela com você, e vão dizer 'hee, hee, hee' como estamos nos divertindo. Viciados em drogas fazem o mesmo. Viciados em drogas querem estar perto de pessoas que irão apoiá-los e ficar longe de amigos reais. Você sabe porquê? Porque ser bom para um membro de uma escola de mistério pode ser catastrófico para o ego e os hábitos do ego, caso exista uma propensão a mediocridade. Ninguém chorou lutando pela excelência. Eles só choraram quando a mediocridade foi removida e foi apontada para eles."
(Jerhoam) 

Quanto mais lições são aprendidas, mais conhecimento é adquirido, compreendido e aplicado, quanto mais purificamos nossas emoções, mais o ser e a consciência se elevam à medida que os centros superiores são ativados e mais podemos "ver o invisível". No entanto, esse é um processo diferente para cada um, dependendo de muitos fatores. 

Os psicopatas, por outro lado (cerca de 6% da humanidade) não têm capacidade de experimentar algo próximo ao amor, compaixão e empatia desde o nascimento. Não é uma disposição psicológica, mas genética. Esse é outro tópico que é muito mal compreendido e ignorado, especialmente porque a maioria dos psicopatas pode parecer “normal” através de sua “máscara de sanidade”. Eles não são necessariamente criminosos encarcerados, mas podem ser CEOs, políticos, líderes espirituais, marido, esposa, filho ou vizinho. Eles podem dizer exatamente o que você quer ouvir, parecer compassivo, compreensivo e atencioso, mas sem sentimento ou sentindo muito pouco. 

Assumir que somos todos iguais e que todos têm acesso a esse amor superior (ou qualquer forma de amor) é, na melhor das hipóteses, auto enganador, e podemos ver esse tipo de suposições na ideia simplista de "somos todos um!". Você não pode ser o que não é, nem pode dar o que não tem. 

Somos todos um, mas não somos todos iguais. Parece haver um grande ponto cego e simplificação excessiva sobre a ideia de "nós". Isso não tem nada a ver com "nós contra eles", mas entender como a humanidade é realmente complexa, o que escolhemos acreditar e desejar e o que evitamos olhar e confrontar, dentro e fora. 

“Muitas pessoas sustentam a ideia de que os psicopatas são essencialmente assassinos ou condenados. O público em geral não foi educado para ver além dos estereótipos sociais para entender que os psicopatas podem ser empreendedores, políticos, CEOs e outros indivíduos de sucesso que podem nunca ter visto o interior de uma prisão.”
(Dr. Robert Hare) 

“Parece mais democrático e menos condenatório (e de certa forma menos alarmante) acreditar que todo mundo é um pouco sombrio do que aceitar que alguns seres humanos vivem em uma noite permanente. Admitir que algumas pessoas literalmente não têm consciência não é tecnicamente dizer que alguns seres humanos são maus, mas estão perturbadoramente próximos disso. E as pessoas boas querem muito não acreditar na personificação do mal.”
(Dr. Martha Stout) 

Se olharmos para os relatos de experiências de Quase Morte (EQM) e o que algumas pessoas viram ou perceberam, há um tema comum: uma experiência profunda de amor objetivo, que não está relacionado ao Amor como a personalidade humana o experimenta. É, por exemplo, como uma pessoa que teve uma EQM disse, não é um sentimento, uma lágrima "sentida pela dor de alguém", não é uma emoção. Está além de qualquer forma de sentimento por outra pessoa. Está mais relacionada com um todo expansivo, conhecedor e compreensivo. 

“O problema não é o termo“ amor ”, o problema é a interpretação do termo. Aqueles na terceira densidade têm uma tendência a confundir o assunto horrivelmente. Afinal, eles confundem muitas coisas com o amor. Quanto a definição real do amor, como você sabe, também não é correta. Não é necessariamente um sentimento que alguém tem que também pode ser interpretado como uma emoção, mas sim, como já dissemos antes, a essência da luz que é conhecimento é amor, e isso foi corrompido quando se diz que o amor leva para iluminação. O amor é luz, é conhecimento. O amor não faz sentido quando definições comuns são usadas como estão sendo feitas em seu ambiente. Para amar você deve saber. E saber é ter luz. E ter luz é amar. E ter conhecimento é amar. 

(Sessões de Cassiopéia) 

Em última análise, não há amor onde não há verdade e conhecimento. O amor implica ver o mundo como ele é - não como gostamos, queremos ou assumimos. Assim, o amor verdadeiro está essencialmente ligado ao quanto se pode acessar a realidade objetiva. 

“Você sabe que o movimento da consciência nos deixou criar uma espécie de espiritualidade híbrida que se mistura com um grau muito tóxico de narcisismo e precisamos olhar para isso. Isso nos tornou muito sensíveis e não muito fortes. Eu diria a você o que nos tornou conscientes porque se nos tornasse conscientes do mundo, não estaríamos nesse estado em que estamos. Se isso nos tornasse tão conscientes do mundo, não teríamos deixado cair a bola sobre a gestão da liberdade e da declaração de direitos, mas nós fizemos. Nós perdemos nossos direitos civis. Nós deixamos cair a bola. Nós deixamos cair a bola no controle das criaturas da terra e ficamos com cento e cinquenta chimpanzés.

Do que nos tornamos conscientes nesses últimos cinquenta anos? Onde nós estivemos? Nós estamos processando feridas. Eu conheço pessoas que dizem que estão trabalhando para se tornarem mais conscientes, mas não estão vendo a TV, nem lendo as notícias. Então, do que você está se tornando consciente? De si mesmo. Agora eu tenho que te dizer uma coisa, essa é exatamente a fórmula pela qual você não pode se curar. Você não pode curar-se assim. Você… Você consegue entender isso? Esse tipo de narcisismo é a fórmula clássica para alimentar sua própria raiva. Narcisismo é focar sobre si mesmo, sobre meu tempo, meu espaço, minhas necessidades, meu presente, minhas feridas. Tenho que lhe dizer que o coração pouco generoso e o narcisista vão ao hospital e recebem seus remédios, porque você não pode, não é possível se curar dos sérios distúrbios que enfrentamos desta forma, pois exigem uma emergência em um nível cósmico de consciência.”
(Caroline Myss) 

Para que o amor seja o agente da mudança em direção a um mundo melhor e que traga mudanças positivas, também precisamos reconhecer o lado mais sombrio da vida e do mundo em que vivemos, as coisas e questões das quais muitas pessoas desprezam, acreditando que simplesmente focando no "bom" e "positivo" haverá uma mudança na consciência. Esse tipo de pensamento é o ponto cego de muitos ensinamentos da Nova Era nos dias de hoje, o que na verdade resulta no oposto do que é pretendido para a sombra não reconhecida crescer com maior e mais intensidade, manifestando-se inconscientemente através do nosso coletivo. Como diz o ditado, o caminho para o inferno é pavimentado com boas intenções. 

“Um Ideal é meramente uma fuga, uma evitação do que é, uma contradição do que é. Um ideal impede a ação direta sobre o que é. Para ter paz, teremos que amar, teremos que começar a não viver uma vida ideal, mas ver as coisas como elas são e agir de acordo com elas, transformá-las. ” 

(J. Krishnamurti) 

As muitas ideias de se concentrar apenas no amor e como as pessoas interpretam isso, ou enviar amor aos líderes mundiais e à humanidade ou até mesmo ao planeta não são atos de amor verdadeiro, mas apenas projeções emocionais que enganam a si mesmas e deixam o homem mais adormecido, acreditando que ele está realmente fazendo alguma coisa e trazendo mudanças positivas. O amor verdadeiro respeita o livre arbítrio e não se pode dar ou enviar amor a alguém que não pediu por ele. 

É preciso se perguntar quando as pessoas falam sobre paz e amor no mundo, mas ainda votam em Obama e acreditam nas mentiras que estão sendo ditas por nossos governos, seja do 11 de setembro, na guerra contra o terror ou em qualquer outra coisa que tenha sido claramente usada para o controle social. Pode-se ter tantos pensamentos positivos/amorosos/agradáveis ​​e elevados estados emocionais, mas se alguém ainda acredita em mentiras, segue ensinamentos baseados em mentiras, não haverá aumento na consciência nem acesso a um amor mais elevado que pode realmente ser um verdadeiro agente de cura e consciência. Pelo contrário, acreditar em mentiras alimenta a entropia, não importa quão bem-intencionada seja a intenção. 

O amor está além das palavras e nenhuma mudança vai acontecer se as pessoas simplesmente repetirem que “o amor é a resposta” ou “tudo que você precisa é amor” enquanto ainda se apegam a ilusões e não se engajam em um trabalho voluntário sincero. Sem uma profunda compreensão e conhecimento do que o amor realmente é e implica, nós apenas continuaremos a andar em círculos à medida que a história se repete. Se realmente queremos uma mudança na consciência, precisamos dar uma olhada no espelho e também fazer o trabalho para ver o mundo como ele é, sem ignorar as coisas que podem não parecer tão “bonitas”. Ainda há muito a ser confrontado antes de podermos entrar em um novo mundo baseado no amor, na paz e na verdade. 

“Amor não é um comportamento, uma atitude, um maneirismo. Não é etiqueta. Não é uma convenção. O amor pode se expressar de muitas maneiras diferentes - de maneira suave ou forçada. O amor pode parecer manso. O amor pode parecer forte. O amor pode te desafiar. O amor pode criticar você. O amor pode expor suas ilusões, suas fantasias e seu auto-engano. Amor não é o que as pessoas realmente querem dizer quando falam sobre amor, em quase todas as circunstâncias. O verdadeiro amor emana do conhecimento. É, em essência, a expressão do conhecimento. Apenas o conhecimento pode levá-lo até lá. O conhecimento pode unir duas pessoas de lados opostos do mundo para um propósito maior. Esse é o poder do Grande Amor. E o Grande Amor é o que o mundo precisa agora.” 

(Marshall Vian Summers) 

Também parece haver muita confusão sobre o que é supostamente positivo ou negativo, subjetivo ou objetivo. Algumas pessoas afirmam que não há nada como objetividade e tudo é subjetivo. Tudo depende de como olhamos para as coisas e a mecânica quântica, assim dizem, nos mostra que não há realidade objetiva ou verdade, mas existe apenas a verdade “minha” ou “sua” e criamos nossa própria realidade pelos pensamentos que temos, o que gostamos de ver e no que nos concentramos. Mas isso é realmente assim? 

Parece que a ciência da mecânica quântica tem sido simplificada em peças de vendas na arena new age e em filmes como O Segredo. Isso não significa jogar fora o bebê com a água do banho, já que nossa percepção parece ter uma influência sobre a realidade, mas talvez não seja tão simples como nos fizeram acreditar os muitos gurus best seller de “auto-ajuda” nos dias de hoje. 

“Para registro: a mecânica quântica não nega a existência da realidade objetiva. Também não implica que meros pensamentos possam mudar eventos externos. Efeitos ainda exigem causas, então se você quiser mudar o universo, você precisa agir sobre ele.” 

(Lawrence M. Krauss, professor de física) 

A questão sobre a existência de uma verdade objetiva é difícil de responder. As visões filosóficas da verdade e dos critérios para conhecê-la variam com a velha disputa entre racionalismo e empirismo. 

Entretanto, além da discussão filosófica ou científica, geralmente parece haver um elemento que é pouco questionado com maior profundidade: o estado de ser/consciência de uma pessoa está relacionado com quanta realidade objetiva ele/ela pode realmente acessar. Em nosso estado atual de existência, não podemos perceber plenamente a realidade objetiva, no entanto, podemos trabalhar em direção à objetividade e expandir nossa compreensão da realidade e de nós mesmos. Uma “mudança de consciência” e “despertar” implica um estado mais elevado de consciência, o que significa tornar-se mais consciente de tudo, o que implica novamente ver o mundo e a si mesmo mais objetivamente, sem cegueira. Isso não acontece por si só, mas requer esforço sincero e trabalho para separar a verdade das mentiras, dentro e fora. Essa é a base do trabalho esotérico que se relaciona com a aquisição do autoconhecimento para elevar a consciência a um nível mais elevado de Ser. 

“Procurar significa: primeiro, buscar o Ser e a Verdade; segundo, não saber onde encontrá-las; e terceiro, uma ação que não se baseia em fantasias de certeza - enquanto, ao mesmo tempo, ocorre uma espera que está enraizada não no desejo, mas num profundo senso de urgência.” 

(Jacob Needleman) 

Subjetividade é a preferência para considerar as crenças favoritas de uma pessoa mais do que o mundo externo. Tal tendência é geralmente apoiada por um forte apego emocional a essas crenças. Pensamentos desejosos, suposições e opiniões baseadas em comportamento reativo relacionam-se diretamente a isso. Objetividade é a capacidade de ver as coisas como elas são, não como imaginamos que elas sejam, gostem ou desejem que sejam. A capacidade de perceber a realidade objetiva depende da capacidade de receber claramente. Para atingir um estado mais elevado de consciência objetiva, é preciso primeiro ver a si mesmo claramente e isso implica trabalhar através de suas mentiras, ilusões, amortecedores e auto-enganos. 

“A sobrevivência do ego é estabelecida bem cedo na vida por nossa programação parental e social quanto ao que é ou NÃO é possível; o que somos "autorizados" a acreditar para sermos aceitos. Aprendemos isso primeiro aprendendo o que agrada nossos pais e depois modificamos nossa crença com base no que agrada nossa sociedade. […] Uma das primeiras coisas que podemos observar é que todos têm um conjunto diferente de crenças baseadas em seu condicionamento social e familiar, e que essas crenças determinam quanto da realidade OBJETIVA alguém é capaz de acessar. 

É suficiente dizer que, sob condições comuns, quase nunca percebemos a realidade como ela é. Existem milhares de pequenas “sugestões hipnóticas” que nos tomaram desde a infância, que determinam, em qualquer momento, o que acreditamos, pensamos ou pensamos acreditar ou acreditar que pensamos ”.  (Laura Knight-Jadczyk) 

É fácil filosofar sobre a ideia de objetividade versus subjetividade sem considerar algumas aplicações muito práticas. Por exemplo, independentemente do que alguém acredita ser "a verdade de alguém" ou o que se está pensando e visualizando, se você cair de um penhasco, a gravidade não o deixará mais abatido? Não é um mais um igual a dois e não três? O mundo é redondo ou plano? 

E no que diz respeito a questões globais: A história oficial do 11 de setembro é verdadeira ou nos foi mentida? Foi um ataque de bandeira falsa? Estamos perdendo nossos direitos básicos para nossa proteção contra os chamados "terroristas" ou existe uma razão diferente? Obama está dizendo a verdade ou está mentindo? Essas perguntas podem ser respondidas objetivamente se uma pesquisa adequada for feita. 

No entanto, a verdade pode não necessariamente concordar com as crenças, opiniões ou suposições preferidas de uma pessoa. Portanto, é importante não cair em negação ou esquiva quando algumas de nossas crenças centrais estão sendo desafiadas, especialmente se alguém está emocionalmente ligado a elas e o ego tenta (inconscientemente) defender as mentiras para ser “certo” de acordo com a sua verdade, porém corre o risco de abrir uma lata de “worms” sem estar pronto para manipulá-los. 

Além disso, não importa o quanto alguém tente se fechar fora do “mundo exterior”, acreditando que nada irá afetá-lo, desde que se concentre em pensamentos “positivos” e no que “gosta” de experimentar, pois, os maiores problemas do mundo ainda tem um efeito sobre todos nós, precisamente porque somos todos um e tudo está conectado. Nenhum homem é uma ilha e a realidade de ninguém é isolada do Todo. 

Um paradigma estúpido que atualmente está se proliferando, embora a comunidade da Nova Era já o vem proclamando por um bom tempo, é mais conhecido como “Você Cria Sua Própria Realidade” (YCYOR - You Create Your Own Reality) e está deliberadamente criando muita confusão. YCYOR é um paradigma muito enganador, uma tentativa de convencer com uma certa meia verdade, que nunca é expresso desta maneira nas Tradições Esotéricas. Michael Topper vê algum senso comum para este problema: 

“O que faz o evangelho do YCYOR ingênuo é precisamente o fato de que todos esses decretos pessoais, pensamentos positivos e imaginação ativa ocorrem em um contexto inevitável. Existem implicações! Existem repercussões! Ninguém decreta algo em um vácuo solipsista, pessoal ou privado. Há um mundo diversificado de milhares de "puxões" e "reivindicações" coexistindo junto com os desejos e projetos particulares de um ego-sujeito em particular. 

Mas “e daí?” Vamos ouvir de um obstinado “criador da realidade”: não permanecemos intocados por esses 'coexistentes' enquanto nos mantivermos seguros na confiança de nosso próprio merecimento privado, nossa própria autoridade, com as certezas e méritos advindos de um pensar positivo sistemático e determinado? 

Não. O homem não vive apenas com seus “méritos”. É por isso que você não cria sua própria realidade, mas apenas gera hipóteses de realidade ou cenários que são continuamente refletidos e testados contra o Todo; e o Todo, sendo inseparável do Potencial do seu próprio Ser global inato, é constituído pelo explícito e implícito, por aquilo que é produzido através de repercussões ativas ou positivas e o que resulta das lacunas, pontos cegos e vazios de omissão interpretativa. Todas as linhas, potenciais e reais, existem dentro do próprio Ser e são inevitavelmente calculadas para um resultado maior! Este é o significado que damos quando dizemos que existe um contexto no qual todas as nossas formulações de desejos e "decretos" acontecem. 

Esta é uma realidade centrada na Deidade, não uma realidade centrada no ego. Somente a totalidade da natureza da alma está em contato com a Totalidade do Ser-Espírito. Qualquer outra coisa envolve necessariamente uma perspectiva parcial, uma autoestima conceitual que produz pontos cegos inevitáveis. 

O que você omitiu seletivamente da “sua realidade” também se manifesta! É claro que podemos dizer que a “vítima” ainda merece seu destino ou atraiu seu destino para si mesmo por uma qualidade de insensibilidade embutida em suas fórmulas de pensamento características; e ocasionalmente esta interpretação pode tocar em algum fator real envolvido no efeito negativo. Mas nem a simples presença de alguma atitude em relação aos elementos do resultado final negativo, nem as explicações do “carma” residual (ou qualquer coisa do tipo) podem explicar adequadamente todos os casos na mesma categoria. 

Simplesmente não é verdade que toda vítima de estupro de alguma forma “induz” a experiência como uma forma pessoal de “retribuição”. 

A implicação inversa disso, é claro, é que somente em alinhamento e consonância integral com o valor total do Ser, a realidade pode ser precisamente manifestada por intermédio da "expressão pessoal", pois não há discrepância entre "pessoal" e universal, a “parte” determinada e o inteiro indeterminado. É sob essa condição que o “impossível” pode ser manifestado (isto é, aquilo que está evidentemente além do poder de qualquer pessoa de manipular ou controlar “pessoalmente”). 

Pois, entendido desta maneira (e somente desta maneira) pode ser visto que a eficácia inimaginável resulta quando a expressão da vontade “pessoal” individual não é diferente ou dissociada do Espírito da Vontade Divina, ou seja, a Vontade de revelar o Espírito como a Verdade e o caráter autêntico do Ser ilimitado de todos. Isso significa que, em termos de “vontade pessoal”, apenas o Espírito de Aprendizado permanece. Não há vontade residual no repertório de “vontade pessoal”, exceto aquilo que expressa perfeito alinhamento, integração e identidade com a Vontade Divina. 

Ao contrário da opinião popular injustificada, tal alinhamento iniciado com a Vontade do Ser-Espírito Absoluto não resulta em “trabalhar a vontade de alguém sem oposição”. Pelo contrário, a própria presença da Verdade Desperta na forma do adepto espiritual sempre gerou oposição imediata; sempre “despertou” uma reação correspondente do sono autoprotetor do ego coletivo. 

O alinhamento inicial da vontade com o Vazio criativo não garante "circunstâncias pessoais suaves"; pelo contrário, veja a história de todo adepto, examine os eventos que cercam os Mestres conhecidos na história. Em vez disso, garante que tais eventos possuam o caráter de uma autêntica demonstração de ensino, para todos os que têm a Alma para ver. Assegura que a Vontade do Todo é sempre feita, independentemente da parcialidade e do preconceito pelo qual esse Todo possa ser percebido em qualquer caso dado ”.
(Michael Topper) 

Existe uma verdade objetiva fora do contexto do que nosso pequeno “eu” percebe. Parece uma tendência em certos Movimentos Conscientes generalizar e distorcer as verdades espirituais “superiores” e a física quântica com uma simplificação excessiva de: Toda a Verdade é relativa! Portanto, algumas pessoas inconscientemente (ou conscientemente) usam essa explicação como uma desculpa e justificativa para as atrocidades do mundo ou para qualquer coisa que se queira acreditar em seu próprio mundo subjetivo, não importa quão ilusório, falso e baseado em pensamentos de puras projeções emocionais; até mesmo ao ponto de declarar que tudo é apenas sobre “minha” ou “sua” verdade e não há verdade objetiva. 

Obviamente, todos nós temos nossas próprias lições pessoais para aprender e talentos para desenvolver, o que poderia ser interpretado como uma "verdade pessoal", porém isso não se exclui das lições coletivas que todos "precisamos" olhar se quisermos evoluir conscientemente como UM. Simplesmente reconhecendo que somos todos um, a separação é ilusão e ver tudo como “Luz” enquanto nos concentramos no que acreditamos ser “positivo” e ignorar o que percebemos como “negativo” não resulta em mudança para melhor. Inversamente, ao insistir no que se gostaria de ver, em vez de ver o mundo como ele é, você está entrando em conflito com a criação, o que resulta em entropia e MAIS sofrimento em escala global, e não menos. 

Uma visão mais profunda sobre isso foi dada pela Teoria Quântica de Eventos Aprimorados desenvolvida pelos físicos Ark Jadczyk e Philip Blanchard. Sua conclusão em poucas palavras: 

“Todo mundo que acredita em uma tentativa de “criar realidade” que é diferente do que é, aumenta o caos e a entropia. Se suas crenças são ortogonais à verdade, não importa o quanto você acredite nelas, você está essencialmente entrando em conflito com o modo como o Universo vê a si mesmo e posso garantir que você não vai ganhar o concurso. Você está viabilizando a destruição sobre si mesmo e todos os que se envolvem neste exercício de "olhar para baixo no universo" com você. 

Por outro lado, se você é capaz de ver o Universo enquanto se vê, objetivamente, sem piscar, e com aceitação da realidade e com respostas apropriadas para como as coisas realmente são, você então se torna mais “alinhado” com a energia Criativa do universo e sua própria consciência se torna um transdutor da energia de ordem, e suas ações são consonantes com o que é. Sua energia de observação, dada incondicionalmente, combinada com as ações apropriadas, pode trazer ordem ao caos, pode criar um potencial infinito.”
("A História Secreta do Mundo" por Laura Knight-Jadczyk) 

Algumas pessoas parecem confundir a objetividade com a negatividade e o desejo de positividade. A maioria do que as pessoas vêem como negativo ou positivo são suas projeções subjetivas e opiniões que realmente não refletem o mundo como ele é. Sem Verdade e Objetividade não haverá uma mudança para "melhor", nem um aumento na consciência, dentro e fora. 

Nesse sentido, muitas pessoas bem-intencionadas e de bom coração que desejam um mundo melhor, na verdade, fazem mais mal do que bem, ignorando e negando aspectos de nossa realidade que podem não se encaixar em sua visão de mundo “positiva” subjetiva; em vez disso, acreditando que fechando o assim chamado "negativo" e apenas vendo tudo como "Um" e "Luz", visualizando, meditando na paz mundial e projetando "amor e luz", isso criará paz e harmonia. Nada poderia estar mais longe da verdade e isso é exatamente o que certas forças, que não desejam que a humanidade desperte para seus próprios interesses, querem que façamos e acreditemos. Está associada a como os valores religiosos e espirituais foram corrompidos. 

Em outras palavras, os que expõem as mentiras e atrocidades no mundo, aqueles que olham para o mundo como ele é com todos os diferentes “faces de deus”, incluindo as desagradáveis ​​que muitas pessoas percebem como “negativas” e, portanto, gostam de ignorar, estão realmente fazendo o TRABALHO DA LUZ no verdadeiro significado da palavra: Tornar as trevas conscientes, elevando a consciência e despertando a luz. Luz é informação e conhecimento, não apenas fazer as coisas “leves” no sentido de serem “legais”, “gentis” ou “amorosas”, sem dizer nada de “ruim” ou “pesado”. 

“Quando falamos de compaixão, falamos em termos de ser gentil. Mas a compaixão não é tanto ser gentil; é ser criativo o suficiente para acordar uma pessoa”. 

(Chogyam Trungpa Rinpoche) 

“A compaixão real chuta a bunda e destrói conceitos arraigados, não é agradável em certos dias. Se você não está pronto para este FOGO, então encontre um professor da nova era, doçura e luz, perpetuamente sorridente e aprenda a rotular seu ego com termos espirituais. Mas, fique longe daqueles que praticam a REAL COMPAIXÃO, porque eles vão fritar sua bunda, meu amigo.” 

(Ken Wilber) 

O “niceness” inventado também parece muito comum nos movimentos conscientes de hoje, onde as pessoas não querem dizer nada “negativo”, em sua compreensão subjetiva, é claro. Em geral, algumas pessoas se escondem atrás de uma etiqueta social e máscara, sem querer dizer nada de ruim ou tocar em qualquer assunto tabu. Eles falam sobre questões para serem espiritualmente ou politicamente corretos, de modo a "não pisar nos calos dos pés". 

Claro, isso não significa que alguém deva ser malvado, agressivo e grosseiro ou que envie informações não autorizadas. Significa simplesmente ser sincero e honesto com consciência e atenção. Há um tempo para falar e um tempo para ficar em silêncio. E às vezes você tem que ser direto e precisa dar a mentira o que ela merece: a verdade, independentemente do que os outros possam pensar, mesmo que não pareça “legal” e não esteja de acordo com o que alguém "Gosta" de ouvir. Você pode ser atencioso e ainda falar a verdade, mesmo que os outros a considerem "negativa" do ponto de vista de uma mente condicionada. 

“Covardia faz a pergunta: É seguro ? A conveniência faz a pergunta: É político? A vaidade faz a pergunta: É popular? Mas a consciência faz a pergunta: Está certo? E chega uma hora em que alguém deve tomar uma posição que não é segura, nem política, nem popular, mas é preciso aceitar isso porque a consciência diz o que é certo.” 

(Martin Luther King Júnior) 

Há muitos festivais chamados conscientes nos dias de hoje com música, arte, oficinas e palestras. Muita gente bonita com roupas de quadril, penas, chapéus peludos e muito colírio para os olhos, supostamente representando a “contra-cultura” de pessoas conscientes. Não há nada de errado em se vestir, festejar e se divertir, no entanto, quando se olha para o programa de palestras e oficinas de alguns desses festivais, algo parece estar faltando, principalmente os tópicos que precisamos tomar consciência como espécie, caso queiramos fazer a coisa certa. 

Em qualquer festival que se diz “consciente” e “espiritual” e é supostamente o reflexo da “contra-cultura”, deve-se perguntar por que não há oficinas ou palestras sobre o genocídio na Palestina, os crimes do governo dos EUA, também conhecido como Complexo Industrial Militar, a ideia de que os psicopatas sem consciência parecem dominar nosso mundo e instituições; que o 11 de setembro é uma mentira que custou opressão e miséria em todo o mundo baseada em uma falsa guerra ao terror; que Obama é um fantoche corporativo do velho "chefe"; que os OVNIs podem não ser sinais de nossos "irmãos espaciais" vindo para nos ajudar, mas que somos na verdade uma forma de "comida" para eles; ou que não somos "uma grande família humana", pois pode haver seres humanos com alma e sem alma e muitos outros problemas? Todos esses tópicos fazem parte de estarmos conscientes e despertos, ou não? 

Parece que festivais conscientes como esses estão se tornando cada vez mais uma fuga em vez de realmente ajudar as pessoas a se tornarem conscientes da sombra que precisa ser tornada consciente e iluminada. Não se trata apenas de praticar yoga, comer alimentos crus e conhecer a permacultura, nem é simplesmente ser "positivo" ou aprender sobre como manifestar a realidade desejada. (...) 

No final, a maioria das pessoas só tem medo do desconhecido e do que ele não entende. Uma vez que nos esforçamos para nos desprogramar do nosso condicionamento e adquirir conhecimento e compreensão dentro e fora, brilhando “LUZ” na escuridão, nossa consciência se eleva e começamos a VER em alinhamento com quem realmente somos, além da preferência, do apego ou negação e, em seguida, podemos agir em alinhamento com o nosso Eu Superior e o Universo. 

Se amamos verdadeiramente a vida, o mundo em que vivemos e queremos mudanças positivas, isso também implica olhar para as questões e injustiças do mundo que muitos de nós gostamos de ignorar ou negar. Isso não é ser "negativo", mas reconhecer o trabalho que deve ser feito durante este Tempo de Transição. 

"A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar. Estamos presos em uma rede inescapável de mutualidade, amarrados em uma única vestimenta do destino. Qualquer coisa que afete um diretamente, afeta todos indiretamente. Aquele que aceita passivamente o mal está tão envolvido nele quanto aquele que ajuda a perpetrar isso. Aquele que aceita o mal sem protestar contra ele está realmente cooperando com ele." 

(Martin Luther King Júnior) 

Buscar a verdade e tornar as trevas conscientes precisa acontecer dentro e fora, não apenas uma ou outra. O ativismo e o trabalho espiritual andam de mãos dadas. Não estão separados, mas inter-relacionados. 

O problema que está relacionado com buscadores da verdade e os ativistas que se concentram apenas no exterior é que eles podem facilmente cair na armadilha da desinformação ou sintonizar com mentiras porque o seu "Instrumento de Leitura", o ego, não está "sintonizado" corretamente com o eu essencial, trabalhando para ajudar nas suas habilidades de pensamento crítico. Portanto, torna-se mais difícil separar a verdade das mentiras e pode-se até mesmo disseminar a desinformação sem saber, porque é menos provável ver o “invisível” ou o “diabo nos detalhes”, por assim dizer, resultando em simplificações, suposições e equívocos. Em outras palavras, é preciso entender a minha “máquina”, o meu modo habitual de pensar e como minhas reações emocionais e apegos podem distorcer as coisas, como também, absorver informações com o próprio viés e crenças condicionadas, filtrando informações que poderiam resultar em dissonância cognitiva. 

“Às vezes as pessoas têm uma crença central que é muito forte. Quando eles são apresentados com evidências que funcionam contra essa crença, a nova evidência não pode ser aceita. Isso criaria um sentimento que é extremamente desconfortável, chamado de dissonância cognitiva. E porque é tão importante proteger a crença central, eles racionalizam, ignoram e até negam qualquer coisa que não se encaixe na crença central. ”
(Frantz Fanon) 

“Para entender a inter-relação entre a verdade e a falsidade na vida, o homem precisa entender a falsidade em si mesmo, as constantes mentiras incessantes que ele diz a si mesmo.” 

(G.I. Gurdjieff) 

De acordo com o professor, místico e espiritualista George Ivanovich Gurdjieff, o organismo humano é constituído por duas funções fundamentais: essência e personalidade. Essência é com o que nascemos, a matéria-prima do nosso ser. Inclui o corpo físico, a constituição genética, o metabolismo energético, a capacidade inata de emoções e sensações. Há também influências externas que nos afetam, como as vibrações planetárias, presentes no ambiente imediato na concepção, durante o estágio fetal e no nascimento. Um mapa de nascimento astrológico pode fornecer algumas dicas sobre isso. 

À medida que crescemos, nossa essência é moldada por influências culturais. Ela pode amadurecer ao longo das linhas de sua natureza e potencial inerente, ou pode ficar bloqueada em sua maturação e, portanto, formar algo que funciona contra seu potencial inato. A essência evoluiria em sociedades onde predominam práticas e valores essenciais, como sinceridade, amor, verdade, compaixão, conhecimento e assim por diante. Obviamente vivemos em um mundo onde tais valores se tornaram distorcidos e ponerizados, significando que nossa sociedade em geral assumiu valores patológicos que são vistos como normais e que as pessoas não podem mais fazer a distinção entre processos de pensamento e lógica saudáveis ​​e patológicos. Não é mais possível traçar uma linha entre o raciocínio correto e o pensamento desviado. A influência de seres e forças de alta densidade também podem ter um efeito sobre nós a esse respeito, conforme explorado em “UFOs, Aliens e The Question of Contact”. 

A personalidade é a máscara que carregamos sobre nossa essência. É o veículo da essência para o serviço por assim dizer. Nossa personalidade é condicionada e programada através da educação em uma sociedade que é construída sobre mentiras, e quanto mais forte a programação, mais difícil é para a essência se expressar. Assim, a desprogramação e o enfrentamento das mentiras de nossa personalidade é fundamental, de modo que ela se torne um reflexo e expressão diretas da essência, o que acaba levando a ações conscientes baseadas no potencial inerente do Ser. Numa pessoa madura, a essência e a personalidade formam um “eu” contínuo, o que significa dizer que a pessoa está unificada. 

“As pessoas são sempre infundidas com todos os tipos de idéias fantásticas sobre si mesmas, o mundo, as pessoas, o amor, o idealismo, a sociedade etc. Levado por sua ânsia de fugir de uma realidade desagradável, o homem dá rédea solta à sua imaginação e está inclinado a acreditar na primeira mentira agradável que ele encontra ao longo do caminho. O indivíduo projeta suas ilusões pessoais em uma realidade fria e imutável e, assim, enganando a si mesmo, se esforça para contemplar a realidade através de óculos cor-de-rosa. "Desilusão" é um processo doloroso e pode ser prolongado, dependendo de quanto tempo o indivíduo leva para perceber que está vivendo artificialmente e que essa condição é um produto de seus sonhos internos. É preciso muita coragem para enfrentar a realidade e destruir a miragem de um sonho agradável.”
(John Baines) 

Por outro lado, muitas pessoas com inclinação espiritual se concentram apenas no eu, acreditando que isso acabará mudando o exterior, sem fazer o esforço de olhar o mundo de maneira mais objetiva e agir de acordo com ele. O chamado de Gandhi para "ser a mudança que você quer ver no mundo" também foi mal entendido dessa maneira. Em primeiro lugar, o “tipo de mudança” que as pessoas querem ver é diferente para cada um, baseado em sua compreensão subjetiva, que pode ser muito distorcida, especialmente se alguém está evitando ver o mundo como é, acreditando em mentiras e projetando desejos e esperanças que são baseados na personalidade condicionada, resultando em pensamento positivo. Por exemplo, apenas ser “legal” porque eu quero ver um mundo “legal” não faz automaticamente o mundo assim, especialmente porque alguns humanos são “conectados” de maneira diferente. 

Outra questão é que muitas pessoas tentam explicar tudo através de um sistema ou ensino e não conseguem ver suas limitações ou mesmo distorcem-no para moldá-lo em seu sistema de crenças. Por exemplo, nem tudo que é “negativo” no mundo é uma manifestação de nosso material sombrio, nem tudo o que acontece conosco é nosso carma, nem atraímos tudo com nossos pensamentos. Claro que há verdade na idéia de karma, mas usar essa explicação para justificar todas as atrocidades do mundo é limitada e deixa de ser razoável, pois ainda temos que agir e aprender nossas lições, não apenas "dar a outra face" ou fique de pé e em silêncio, dizendo “oh, é apenas o seu / meu karma”. 

Nós não somos o ápice da criação de Deus e não somos tão especiais e santos que nada além de nós mesmos nos prejudicaria, controlaria ou manipularia. É realmente muito arrogante e antropocêntrico pensar dessa maneira. Nós não fazemos tudo para nós mesmos. Não se trata de culpar, mas sair da nossa visão egocêntrica da realidade e do universo. Há outras forças atuando sobre nós, assim como influenciamos, consumimos e, até certo ponto, controlamos formas inferiores de vida, como plantas e animais. Como acima, assim é abaixo. 

“Há mil coisas que impedem um homem de despertar, o que o mantém no poder de seus sonhos. Para agir conscientemente com a intenção de despertar, é necessário conhecer a natureza das forças que mantêm o homem em um estado de sono. Antes de mais nada, deve-se perceber que o sono em que o homem vive não é normal, mas um sono hipnótico. O homem é hipnotizado e esse estado hipnótico é continuamente mantido e fortalecido nele. Alguém poderia pensar que existem forças para as quais é útil e lucrativo manter o homem em um estado hipnótico e impedi-lo de ver a verdade e entender sua posição.”
(G. I. Gurdjieff) 

O aprendizado nunca pára e a humanidade ainda tem muito a confrontar e aprender sobre isso, o que pode exigir uma compreensão totalmente nova da realidade, assim como existem visões diferentes ou ampliadas agora na ciência, comparadas com o que Einstein e Newton haviam descoberto. 

Há sempre mais a aprender e descobrir que requer um ajuste e uma nova compreensão, expandindo nossa visão e compreensão da realidade. É o que a elevação da consciência implica. As pessoas que estão presas em uma ideia ou ensinamento tentam explicar tudo através disso e estão construindo sua própria caixa de realidade limitada. Isso também se relaciona com psicologia, astrologia, filosofia, artes de cura, práticas espirituais ou qualquer religião (leste e oeste) onde muitos “especialistas” em qualquer um desses sistemas estão olhando através de uma lente (muitas delas distorcidas / falsas para começar), não percebendo que essa abordagem pode facilmente levar à distorção e a uma visão de túnel. Também pode se tornar um ponto egoísta de orgulho impedindo que a pessoa admita a si mesma que há talvez mais na história que não se considerou antes, especialmente quando eles escreveram livros sobre ela, sua carreira depende disso e eles tem uma imagem para vender / viver até. 

Podemos ver essas falácias com muitos professores espirituais populares, pesquisadores, visionários, terapeutas e gurus de autoajuda, nos quais a carreira e a imagem parecem ter precedência sobre a verdade e a realidade. Há muitos tópicos que nos afetam mais do que muitos deles estão dispostos a aceitar, seja a idéia de manipulação hiperdimensional, psicopatia genética ou humanos sem alma. Mas, em vez de serem mais abertos a esses tópicos e analisá-los com sinceridade e imparcialidade, esses indivíduos aparentemente inteligentes e conscientes os ignoram ou os desmascaram logo de cara, expondo sua própria falta de pensamento crítico. 

Consciência e estudo dos tópicos acima mencionados, como também, olhar para o assunto "tabu" das conspirações realmente ajudaria a expandir seus conhecimentos e a capacidade de ajudar verdadeiramente os outros e a sociedade em geral. 

Muitas pessoas tendem a rir do termo "teorias da conspiração" e até costumam usá-lo com um tom negativo e condescendente. A realidade social de que eles são um tabu solidifica este ponto mais profundamente na mente das pessoas, de forma subconsciente. Ninguém quer ser chamado de "teórico da conspiração". É como chamar alguém de "maluco" e é comumente usado como um ataque ad hominem que não tem um pensamento crítico. A maioria das pessoas não têm um entendimento verdadeiro do que a palavra "conspiração" realmente significa. O historiador Richard M. Dolan traz algum senso comum para esta questão: 

“Do ponto de vista histórico, a única realidade é a da conspiração. Sigilo, riqueza e independência se somam ao poder. A decepção é o elemento-chave da guerra, (a ferramenta das elites do poder), e quando a vitória é tudo o que importa, a moralidade convencional mantida pelas pessoas comuns se torna um impedimento. O segredo provém de um elemento penetrante e fundamental da vida em nosso mundo, de modo que aqueles que estão no topo da pirâmide sempre tomarão as medidas necessárias para manter o status quo. […] O própria título "conspiração" serve como uma demissão automática, como se ninguém jamais agisse em segredo. Vamos trazer alguma perspectiva e bom senso para essa questão. Os Estados Unidos compreendem grandes organizações - corporações, burocracias, "grupos de interesse" e similares - que são conspiratórias por natureza. Ou seja, elas são hierárquicas, suas decisões importantes são tomadas em segredo por alguns tomadores de decisão importantes, e elas não estão acima de mentir sobre suas atividades. Essa é a natureza do comportamento organizacional. "Conspiração", neste sentido chave, é um modo de vida em todo o mundo."
(Richard Dolan) 

“Eu acredito em conspirações? Naah! Eu acredito que pessoas poderosas se reuniriam e planejariam certos resultados? Naah! Acredito que interesses poderosos operariam fora da lei e talvez até matassem pessoas? Naah! Acredito que as agências secretas do governo podem sentir a necessidade de assassinar uma pessoa e encobri-la? Naah! Eu acho que tudo na América é aberto e limpo e, acima de tudo, pessoas poderosas sempre seguem as regras. 

“Eu acho que o sistema se contrai e expande como quer. Ele acomoda essas mudanças. Eu acho que o movimento dos direitos civis foi uma acomodação por parte daqueles que são donos do país. Eu acho que eles veem onde está seu interesse próprio. Eles vêem que uma certa liberdade parece boa, uma ilusão de liberdade. Dê a essas pessoas… dê a essas pessoas um dia de votação todos os anos para que elas tenham a ilusão de escolha sem sentido… escolha sem sentido de que vamos como escravos e digamos: “Sim, eu votei”. 

Os limites do debate neste país são estabelecidos antes mesmo do debate começar e todos os outros são marginalizados e feitos para parecer ou serem comunistas ou algum tipo de pessoa desleal, um “maluco” - há uma palavra - e agora é “conspiração”, Vejo? Eles fizeram algo que não deveria nem ser entretido por um minuto; que pessoas poderosas possam se reunir e ter um plano. Não acontece, você é um maluco, você é um fã de conspiração!”
(George Carlin) 

Visões sobre a vida, a existência, ciência e religião, espiritualidade e evolução, consciência e psicologia, bem como a realidade que conhecemos, assumiriam uma compreensão totalmente nova ao olhar mais profundo sobre tópicos que descartamos tão facilmente porque não acreditamos que sejam verdadeiros. Não vamos nos esquecer que, não muito tempo atrás, acreditávamos que a Terra era plana. 

"Consciência significa, literalmente," conhecer-juntos ". Um desenvolvimento da consciência significaria, portanto, conhecer mais juntos", e assim traria uma nova relação com tudo o que se conhecia anteriormente. Pois saber mais sempre significa ver as coisas de maneira diferente.“ 

(Maurice Nicoll) 

Estamos sendo enganados em praticamente todas as áreas de nossas vidas e nossa atenção está sendo afastada da verdade. A corrupção da ciência também desempenha um papel importante. De fato, aqueles que se aproximam demais da verdade são frequentemente atacados e ridicularizados. A verdade não é boa para os negócios em uma sociedade ponerizada com psicopatas no poder, dirigindo o navio onde traços patológicos se tornaram a norma aceita em nossa cultura oficial. 

O trabalho para buscar a verdade dentro e fora não é para todos, nem todos podem se envolver nele, pois as pessoas são diferentes por dentro, algumas não possuem a “semente” por assim dizer. Nem todo mundo é um guerreiro (como cunhado por Carlos Castaneda) e todo mundo tem lições diferentes para aprender e talentos para desenvolver com uma "fiação interna" diferente. Ninguém é melhor ou pior, é exatamente o que existe nesse ciclo evolutivo em que estamos. Por essa razão, também não haverá um despertar coletivo em que todos sejam, de repente, "iluminados" ou "conscientes". Muitas pessoas que estão esperando por 2012 para que isso aconteça serão muito desapontadas. Despertar implica evoluir conscientemente. Agora é uma oportunidade (não uma garantia), uma "janela" para subir um nível, por assim dizer, mas isso não acontece por si só. Esforço consciente e trabalho são necessários para combater as forças da entropia, pois há um caminho para cima e para baixo, como os índios Hopi disseram sobre este Tempo de Transição. 

“O que é difícil de entender é que, sem esforço consciente, nada é possível. Esforço consciente está relacionado à natureza superior. Minha natureza inferior não pode me levar à consciência. É cega. Mas quando acordo e sinto que pertenço a um mundo superior, isso é apenas parte do esforço consciente. Eu me torno verdadeiramente consciente apenas quando abro todas as minhas possibilidades, mais e mais. Há valor apenas no esforço consciente.” 

(Jeanne De Salzmann) 

Muitos são chamados, poucos são escolhidos [ou escolhem atender a chamada]. Agora é a hora daqueles que se sentem “chamados” a se perguntarem, o que estou fazendo com a minha vida, onde está minha atenção e foco? Estou fazendo o melhor que posso para ajudar neste momento de transição em termos de trabalhar em mim mesmo e buscar a verdade? 

A criação acontece quando estamos conectados com o nosso verdadeiro eu / eu superior e nos tornamos um vaso para energias superiores operarem através de nós que estão em alinhamento com o universo e o propósito da alma, não os desejos, apegos e necessidades da personalidade condicionada. Se nossas ações e crenças estão em alinhamento com o que é, nós nos tornamos transdutores de energias que não apenas nos beneficiam individualmente, mas ao mundo em geral, trazendo ordem ao caos. 

É importante que aqueles que estão sinceramente empenhados em buscar a verdade que conectem-se com outros que têm a mesma opinião, de modo que nos tornemos colineares para agirmos como despertadores uns para os outros, mantendo o outro desperto e ajudando no processo de separar a verdade das mentiras. Um núcleo de pessoas verdadeiramente conscientes, atuando como transdutores conscientes de energias superiores e vendo o universo como ele se vê, trabalhando em direção à objetividade, pode fornecer a vibração de ressonância de freqüência qualitativa que criará o modelo para o novo mundo. Quanto mais as pessoas fizerem esse trabalho conscientemente, melhor, pois se trata de qualidade sobre quantidade. 

Existem incontáveis ​​distrações, tentações e enganos que mantêm o buscador longe da Verdade e do Despertar neste Sistema de Controle Matrix com várias forças agindo sobre a humanidade para nos manter adormecidos. Tudo se resume ao discernimento, e sem trabalho interior, a fim de ver o invisível, não pode haver elevação do nosso Ser para que realmente sejamos a mudança que queremos ver de acordo com a nossa natureza superior e não com a nossa personalidade condicionada. Ao mesmo tempo, a mudança implica encarar a realidade e ver as coisas como elas são, não como esperamos, desejamos ou queremos que sejam. É uma abordagem holística. Assim como precisamos limpar e desintoxicar nosso corpo e dar-lhe a nutrição adequada, também precisamos desintoxicar o mundo "lá fora", separando a verdade (nutrição) das mentiras (toxinas). 

Isso também não tem nada a ver com tentar "salvar o mundo", mas simplesmente engajar-se no processo de evolução consciente, nem é sobre "controlar a realidade externa", mas agir em alinhamento com o universo. E só nos tornamos verdadeiramente alinhados se nos empenharmos no trabalho para ver o universo como ele se vê. Ser implica ver o mundo como ele é. Esse é o caminho para a cura, integridade, e criação de uma realidade consciente e essencialmente amorosa. É um processo que é diferente para cada um, pois todos nós temos nossas próprias lições para aprender, karma para trabalhar e talentos para desenvolver neste momento de transição. 

Nesse sentido, todos também possuem habilidades únicas que podem contribuir para o todo, para que possamos nos apoiar mutuamente, passando do Serviço para o eu e da competição para o Serviço aos Outros e para o compartilhamento. Trata-se de trabalhar em conjunto criando sinergia, mas também respeitando a individualidade e o processo de cada um ao mesmo tempo. O que pode funcionar para um, pode não funcionar para outro. Mas, para saber isso, precisamos conhecer o nosso verdadeiro eu e também fazer o esforço para ver o mundo como ele é, de modo que nossas ações tenham impacto e poder reais além da autogratificação ou do tumulto insensato. 

“Todo homem tem sua própria vocação. O talento é o chamado. Há uma direção em que todo o espaço está aberto para ele. Ele tem faculdades silenciosamente convidando-o para um esforço infinito. 

Ele é como um navio no rio; ele corre contra obstruções de todos os lados, menos de um; Nesse lado, toda a obstrução é retirada e ele penetra serenamente sobre as profundezas de Deus em um mar infinito. 

Esse talento e esse chamado dependem de sua organização ou do modo como uma alma geral se encarna nele. Ele se inclina a fazer algo que seja fácil para ele e bom quando isso é feito, mas que nenhum outro homem pode fazer. Ele não tem rival. 

Para o mais verdadeiramente ele consulta os próprios poderes dele, mais diferença exibirá o trabalho dele do trabalho de qualquer outro. Quando ele é verdadeiro e fiel, sua ambição é exatamente proporcional aos seus poderes. Ao fazer o seu trabalho, ele faz sentir a necessidade que só ele pode suprir. “ 

(Ralph Waldo Emerson) 

Quanto mais estamos alinhados e enxergamos o mundo como ele é e agimos como UM, “mais fácil” é a transição para um mundo melhor para todos. A criação da nossa realidade pela nossa consciência tem um efeito sobre o mundo exterior, mas precisamos estar em alinhamento com o Universo, caso contrário, aumentaremos a entropia e o caos, que também se manifesta na Terra e nas mudanças climáticas, como podemos ver que já está acontecendo. O aumento da consciência combinada com a ação baseada na verdade poderia mitigar quaisquer cataclismos futuros que pareçam estar bem no horizonte. Depende de cada um de nós e de todos juntos. 

“Com a aproximação da era do Espírito Santo, tudo deve ser gradualmente levado à luz do dia, não apenas os segredos do laboratório, mas os mais profundos significados do esoterismo. O mesmo deve acontecer com ilusões, erros e mentiras, que também devem ser revelados para que possam ser retificados mais tarde.

O mundo está sofrendo de uma falta de harmonia que se aprofunda em todos os planos, e isso representa um grave perigo para a recuperação moral e espiritual da humanidade. Também envolve um sério risco de falha no último estágio deste Tempo de Transição no qual estamos entrando agora. Se esse risco não for superado, o Dilúvio do Fogo nos espera. Teremos que fazer um imenso esforço para afastar esse destino e temos muito pouco tempo para fazê-lo.

O homem deve apenas a si mesmo a culpa pela grandeza do esforço necessário: isto é o resultado de sua obstinada recusa em prestar atenção às advertências que lhe foram dirigidas de novo e de novo pela Voz Divina, assim como ele continua hoje a cegar-se ao fato de que o dilúvio de fogo está sendo preparado ”.
(Boris Mouravieff, Gnosis II) 

Nota do Tradutor: O texto foi adaptado e revisado a partir da versão preliminar fornecida pelo Google Tradutor (translate.google.com.br). 

Fonte na Web